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domingo, 27 de abril de 2014

Julgamento de Socrates



O julgamento do filosofo Sócrates, acusado de não acreditar nos deuses da cidade e de corromper os jovens é narrado no livro "Apologia de Sócrates" de Platão. Durante o julgamento Sócrates usa de sua excepcional oratória para formular uma defesa brilhante e bela.

Antes de começar sua defesa propriamente Sócrates conta uma historia. Quando havia visitado o oráculo a pitonisa (sacerdotisa) havia afirmado, e esta fazia suas profecias por intermédio dos deuses, que Sócrates era o mais sábio entre os homens. O filosofo fica alarmado com a resposta e se indaga "como posso ser o mais sábio se nada sei?" sem conseguir decifrar o verdadeiro significado das palavras da pitonisa (mas não sem deixar de acreditar nelas, pois ela era a porta-voz dos deuses) Sócrates foi atrás de um político a qual julgava pessoa excelente e inteligente, e esperava que este lhe esclarecesse aquele enigma.

Qual não foi a decepção de Sócrates ao conversar com aquele homem e perceber que ele também nada sabia, mas apenas fingia saber. Sócrates percebeu que era realmente mais sábio que ele, pois ao menos admitia sua ignorância. Mas mesmo assim não desistiu, foi atrás de vários políticos, porem constatou o mesmo em todos eles. Procurou também os grandes poetas e ate os simples artificies, mas todos se gabavam de conhecimentos que realmente não tinham, e, finalmente Sócrates compreendeu as palavras do oráculo. Ele era realmente o mais sábio dentre os homens, pois era o único que admitia sua ignorância.

É preciso esclarecer porem um ponto, Sócrates não acreditava que o saber humano de nada valia, mas, acreditava que esse saber era superfulo em comparação ao saber dos deuses, que esses eram realmente sábios. As pessoas que nada sabem, ou que acham que sabem, são tolas, os deuses por já terem o verdadeiro conhecimento não precisam filosofar, os filósofos são então aqueles que estão no meio termo, não são tolos pois procuram a verdade, mas jamais terão a sabedoria dos deuses. É nisso que Sócrates acredita e expressa durante seu julgamento.

Voltando as acusações. Socrates como já foi dito se defende de forma excepcional. Diz que as pessoas procuram sempre o bem e não o mal, e se os jovens o seguiam era porque estes acreditavam que ele os fazia um bem, assim não os corrompia. Estendendo esse raciocínio Socrates afirma a seus acusadores que se realmente estivesse fazendo um mal, nem ele, nem seus discípulos sabiam disso, e a atitude certa com ele seria de instrui-lo, como se instrui uma criança que não compreende o mal que faz, e não leva-lo a julgamento.

Para se defender da acusação de não acreditar nos deuses Sócrates pede para seus acusadores que confirmem que o acusavam de dizer "coisas demoniacas" o que eles fazem, em seguida usando de suas artimanhas, pergunta a eles se era possível alguém falar de "coisas relacionadas a cavalos sem que esta pessoa acreditasse em cavalos". Os acusadores respondem que isso seria um absurdo e que, se alguém falasse coisas relacionadas a cavalos consequentemente acreditava neles. Sócrates usando de sua ironia então responde "Mas então, se falo coisas demoniacas acredito em demônios e se acredito em demônios acredito também em deuses pois estes são filhos bastardos dos deles! Sendo assim sua acusações não fazem o menor sentido!".

Após terminar sua defesa não resta nada a Sócrates do que esperar o resultado do julgamento. Os juízes o condenam a morte, e mesmo frente a esse perigo e a esta injustiça o filosofo se defende com nobreza. Fala, como tanto gosta de fazer, dizendo que o além vida era desconhecido, e não era certo temer o desconhecido, nem fugir dele. Os homens deveriam fugir do que era mal e do que os corrompe, e como não sabiam se o mundo dos mortos os faria mal não havia razão de teme-los. Afirma também que não se arrependia de ter pregado suas ideias, pois fizera a vontade dos deuses, e, apenas se houvesse se omitido ai sim merecia ter sido levado ao tribunal e julgado. O filosofo da duas hipóteses para o que poderia lhe acontecer após morrer. Na primeira ele simplesmente desapareceria, sumiria, e isso não seria diferente a dormir, o que ele não tinha razões para temer. Na outra hipótese iria ao mundo dos mortos aonde seria julgado pelos verdadeiros juízes Minos e Radhamantys (Aiacos não foi citado o que me faz crer que na época ele ainda não havia sido criado e incluído nas criaturas do mundo dos mortos grego). Afirma que estes iriam julga-lo com justiça, a justiça dos deuses, que era a que realmente importava. Por fim diz que ficaria muito feliz se pudesse debater com os grandes poetas como Homero e Hesiodo no mundo dos mortos e que a morte lhe seria então algo benévolo.

É preciso ressaltar que "Apologia de Sócrates" foi escrita por Platão para homenagear seu mestre, e assim esta sujeita ao fascino e exaltação que este da ao filosofo. A historia termina com a condenação de Sócrates, mas a sua morte assim como o brilhante discurso ao qual ele expõe suas ideias sobre a imortalidade da alma é relatado no Fédon, outro romance de Platão, este coloca na boca de Sócrates suas próprias ideias, e temos que ver que os conceitos referentes aos temas discutidos na narrativa são de Platão, não de Sócrates.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Filme: 300



O filme 300 reconta a batalha de Temopilas ocorrida em 460 ac. Grande produção do cinema.

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sábado, 15 de março de 2014

Jacinto

Jacinto era um jovem muito bonito ao qual Apolo se apaixonara. O deus do arco passava todos os dias com seu amado caminhando pelas florestas juntos. A esse amor homosexual não havia entre os gregos nenhum preconceito. A relação de amor entre uma pessoa mais velha e experiente (no caso um deus) com uma pessoa mais jovem, era algo comum, e esse amor denominamos pederastia. Vale ressaltar que a pederastia era apenas o amor do homem mais experiente com um jovem ao qual era tutor, a reciprocidade desse amor pelo jovem era vista com maus olhos pelos gregos.

Voltando a historia de Jacinto, Apolo o amava e os dois desfrutavam juntos os seus dias. Em uma ocasião o deus do sol mostrava suas habilidades físicas praticando o arremesso de disco, um esporte comum e popular na Grécia. Jacinto ficara admirado com as habilidades de seu amado e vendo o disco se elevar alto nos céus correu para pega-lo quando caísse. Para a infelicidade de Jacinto o disco bateu no chão e ricocheteou acertando-o na cabeça provocando um grave ferimento. Apolo apesar de seu o deus da medicina nada pode fazer pelo rapaz que acabou morrendo, pois esse era o desejo das moiras (deusas tríplice do destino) e ate mesmo um deus deve se submeter a elas.


Apolo ficou desconsolado, e, para honrar a memoria de seu amado fez que do sangue de Jacinto nascesse uma flor e esta também se denominava Jacinto.

Neste mito podemos ver muitos dos traços comum na mitologia grego-romana. O final tragico de Jacinto é algo bastante normal, apenas mais um entre muitos casos. Podemos citar os mais famosos o amor de Artemis por Adonis, Sansão e Dalila, Zeus e Semele. Todos com finais tristes.

Outro ponto importante é a transmutação de Jacinto em flor. Tal fato se repete com Narciso e também com já citado Adonis. Muitos outros personagens da mitologia grega se tornam avores.

Os mitos de transmutação servem para explicar a origens dessas flores, o mesmo ocorre com os mitos das transformações em animais servindo para explicar a origens desses seres, como é o caso da historia de Aracne (ver postagem).

Apesar da tragédia Apolo encontrara muitos outros amores, afinal é um deus, mas a marca de seu amor por Jacinto permanecera através dos séculos perpetuada pela flor com seu nome.

(flor de Jacinto)

domingo, 9 de março de 2014

Deuses "exclusivamente" romanos

Muito se fala da mitologia grego/romana e com essa nominação mais simplista, muitas pessoas pensam que a mitologia grega e a romana são a mesma coisa. As semelhanças existem, claro, muitos dos deuses gregos apenas foram rebatizados ganhando moldes romanos, recebendo novas atribuições, mas, o que muitos não sabem é que quando Roma conquistou a Grécia (e foi conquistada por essa culturalmente) incorporou deuses novos a já rica mitologia grega.

Vamos nos ater a falar dessas divindades que foram criadas pelos romanos e não existiam na antiguidade grega. O deus Jano é um destes, este deus possui duas cabeças, uma voltada para trás (representando o passado) e outra para frente (representando o futuro). Este estranho deus representa a mudança e exatamente por isso o mês de Janeiro que inicia o ano novo deriva de seu nome.

Outro deus Roamno é Terminus, este deus é o deus das fronteiras e era comum que estátuas suas fossem colocadas nas fronteiras. Embora não sejam deuses, os lares são invenções romanas. Estes seres são familiares que protegem as casas, espíritos de ancestrais que protegem seus descendentes. Fazendo uma analogia os lares são como versões benevolas dos poltergeists,

Por ultimo a deusa Belona, divindade da guerra. Seu nome deriva do latim bellum (guerra) em algumas versões Belona é irmã do deus da guerra Marte (o Ares grego) em outras versões é sua consorte. No exterior dos templos dedicadas a essa deusa haviam colunas aos quais eram conhecidas como "colunas da guerra".

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Deusos do Olimpo - canal Parafernalha

Um vídeo do canal parafernalha sobre mitologia grega, muito bom!


Aquiles

 Um dos maiores heróis gregos, Aquiles é filho de Peleu com a nereida Tethys. Tanto Zeus como seu irmão Poseidon haviam se apaixonado pela linda Tethys, mas, após saberem por meio de uma profecia que se a nereida se unisse a um dos dois geraria um filho mais poderoso que o pai, os deuses pensaram que seria melhor unirem a mulher a um mortal, por medo de serem destronados por um de seus filhos, tal como aconteceu com o pai de ambos, Crhonos, e o pai deste, Urano.

Tethys é uma entidade poderosa das aguas, e muito respeitada por Zeus, como se vera logo adiante. A nereida ao gerar seu filho Aquiles logo soube de seu cruel destino. O herói seguiria um dentre dois caminhos. Ou morreria jovem, mas com gloria e honra sendo lembrado através dos séculos, ou, morreria velho depois de uma longa vida, mas sem a honra. Uma observação deve ser feita nesse ponto, para os gregos a honra, a força guerreira, a coragem, a nobreza. Todas essas qualidades eram vistas como o modelo, o ideal, do homem grego. O termo grego arete traduz exatamente esse modelo ideal. Com o passar dos anos o conceito de arete foi se modificando. Os diferentes poetas propunham diferentes modelos a serem seguidos. Ate mesmo os filósofos definiam como a arete a inteligência e a razão, como as qualidades maiores do homem.

Voltaremos agora a historia e aos dois caminhos que Aquiles iria seguir. Como um herói, era claro que o filho de Tethys escolheria uma vida curta, mas com gloria. Sabendo disso a nereida tentou evitar, a todo custo, esse destino cruel. Tethys banhou seu filho no rio estige, ainda quando bebe, esperando que as aguas do rio infernal abençoassem Aquiles e o tornassem invulnerável. O poder sagrado do rio teve efeito, mas por descuido a mãe segurou o filho pelo calcanhar enquanto o submergia no rio, ficando assim essa parte do corpo intocada pelas aguas e sem receber o poder sagrado do rio.

Tethys tentou fugir do destino, mas os mitos gregos revelam tão bem como isso nunca é possível. O destino, personificado pelas três deusas Moiras, é um poder que esta ate mesmo acima dos deuses, e estes devem se submeter a ele. Já Edipo tentou lutar contra o destino, que era de matar seu pai e desposar a mãe, cegando-se por fim, apesar do herói tentar fugir foi exatamente isso que aconteceu. O destino é uma força a qual ninguém pode escapar. Aquiles teria dois caminhos para escolher, mas é claro que o filho de Tethys optaria pela morte prematura, mas honrosa, assim como a mãe preverá, e nada, nem a bênção do estige, poderia mudar esse destino.

Agora que já foi explicado sobre o nascimento de Aquiles vamos falar de sua maior façanha, a participação na geurra de Troia, aonde o herói perderia a vida. A aventura épica de Aquiles é contada na Illiada, obra-prima de Homero, maior poeta grego. Aquiles comandava os mirmidoes, e, havia ido ate Illion junto com vários outros comandantes e reis, todos eles liderados por Agamenon, que por ter trazido mais navios de batalha para a guerra ganhara assim o direito de comanda os exércitos.

Não cabe aqui explicar os motivos da guerra, nos focaremos apenas na participação de Aquiles nesta. O herói era o mais poderoso dentre os guerreiros gregos, mas logo no começo da Illiada abandona a campanha por uma desavença com Agamenon, visto que este por ter sido obrigado a restituir Criseida, uma mulher que havia conseguido após um saque a uma das cidades troianas, tomara para sí Briseida, outra bela mulher, esta dada a Aquiles como saque de guerra. Novamente faremos uma breve pausa para explicar o porque dessa atitude de Aquiles. Briseida era para ele não apenas uma mulher, mas um premio por sua bravura e coragem na guerra. Agamenon ao tomar a dama para sí fere profundamente o orgulho do herói, e por isso, esta grave afronta, Aquiles se isola recusando-se a voltar a participar da guerra. Ele chama a sua mãe das aguas salgadas do mar e pede para que ela vingue essa afronta. Tethys vai ate a Zeus lhe pedindo para que a honra de seu filho seja restituida. O pai dos deuses e dos homens aceita, mas tal decisão teria graves consequências.

Assim por muito tempo Aquiles se mantem distante da batalha. Seu isolamento só é quebrado quando morre em batalha Patroclo, escudeiro leal e melhor amigo de Aquiles. Tudo fora planejado por Zeus, seria esse o motivo para que o filho de Tethys voltaria a geurra e ganharia honra e respeito, mas tudo a custo da vida de Patroclo. Os gregos conseguem resituir o corpo do escudeiro de Aquiles, mas suas armas, que pertenciam na verdade a Aquiles, são roubadas pelos troianos, um habito comum na guerra. O herói sofre profundamente pela morte do amigo, e aqui assume o caráter trágico de muitos heróis gregos assemelhando-se a Hercules que em toda sua vida jamais se perdoa pela crime de, um um momento de insanidade, ter assassinado sua esposa e filhos.

Aquiles volta para a guerra não por defesa aos gregos, mas sim movido pela insano desejo de vingança. O assassino de seu amigo era Heitor, domador de cavalos, príncipe de Troia, e o mais valoroso entre os troianos. Fora ele quem roubara as armas que estavam com Patroclo se apossando das antigas armas de Aquiles.

O sofrimento de Aquiles é tanto que ele promete jejuar ate que a morte de seu amigo seja vingada. Pede aos deuses que o impeçam que o corpo de Patroclo apodreça, pois queria realizar os ritos funerários devidos ao seu amigo, apenas depois de te-lo vingado. Nesse meio tempo Aquiles estava impossibilitado de voltar a luta por não ter suas armas, ele chorava de dor e sofrimento, mas Tethys sua mãe lhe prometera armas novas, pedindo-lhe apenas que tivesse paciência.

É comum que nos mitos, não apenas nos gregos, que os herois sejam premiados com armas ou artefatos mágicos. Tethys cumpre bem esse papel, como mãe e protetora do heroi lhe da armas novas, estas feitas pelas mãos do próprio Hefesto, deus das forjas. Armado com armas divinas Aquiles parte para enfrentar Heitor que estava armado com suas antigas armas. É travado um cruel combate ao qual Aquiles sai vitorioso, e, movido por sua furia louca de vingança amarra os pés de Heitor a biga e o arrasta de volta ate o acampamento dos gregos, sem deixar que seus companheiros troianos pudessem ter o corpo de seu heroi para realizarem os ritos funerarios que este merecia.

Tal ato é visto com horror e espanto ate mesmo pelos os deuses. Priamo, pai de Heitor chora e sofre, e os deuses gregos vendo o sofrimento do rei idoso que perdera seu melhor filho decidem ajuda-lo. Isis a deusa do arco-iris é enviada a Priamo e o guia ate o acampamento dos gregos, mais precisamente na tenda de Aquiles. O rei implora ao herói que lhe devolva o corpo de seu amado filho, pois este merecia um enterro digno. Aquiles já havia realizado os ritos funerários de Patroclo, e comovido com o sofrimento do pai lhe devolve o corpo e promete uma trégua na guerra ate que sejam realizados os ritos funerários de Heitor.






Neste ponto termina a Illiada. Não é mostrada a morte de Aquiles o que de certa forma o imortaliza no romance, mas, é citado que ele morrera devido a uma flecha no calcanhar, o único ponto vulnerável de Aquiles, disparada por Paris, irmão de Heitor. Na Odysseia, segundo romance de Homero e a continuação da Illiada, Aquiles ainda aparece no Hades, o mundo dos mortos, em duas ocasiões. A primeira quando Odysseu desce ao mundo dos mortos e a segunda quando os inimigos de Odysseu são assassinados e descem ao mundo inferior, lá eles encontram o maior herói grego que lhes da as boas vindas ao mundo da morte.


Aquiles incorpora o o melhor do homem grego. Seu heroísmo é elevado ao máximo em sua escolha de morrer jovem, para obter a gloria. Alguns estudiosos afirmam que ele teria um caso homossexual com Patroclo, mas é de minha opinião que o amor entre ambos é apenas o "amor heroico" o amor entre companheiros de batalhas, de guerreiros.  Aquiles é, juntamente com Hercules o maior herói grego, com a única diferença que o ultimo alcançou a imortalidade e subiu ao Olimpo.

Para saberem mais sobre a guerra de Troia em si e a Illiada vocês podem ver a postagem da mesma:

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

Pegasus e o fogo do Olimpo


Pegasus e o fogo do Olimpo é o primeiro livro da trilogia Pegasus escrita por Kate O´hearn. Os olimpicos estavam em guerra, os Nirads, seres desconhecidos de quatro braços invadiram o Olimpo sem nenhum propósito se não a destruição. No caos da guerra um olimpico, Paelen, tenta roubar as redeas de Pegasus para controlar o garanhão, mas seu plano da errado e tanto Paelen quanto Pegasus caem no mundo humano.

O jovem Paelen é encontrada por uma agencia secreta a UCP que o captura pensando que ele erao alienigina. Pegasus teve mais sorte caindo no terraço do predio de Emily, uma garota de treze anos. Uma forte ligação se forja entre os dois. Emily tera que proteger a Pegasus e a si mesma tanto da UCP que tenta captura-lo como dos ferozes e misteriosos Nirads.