Pesquisar este blog

sábado, 15 de março de 2014

Jacinto

Jacinto era um jovem muito bonito ao qual Apolo se apaixonara. O deus do arco passava todos os dias com seu amado caminhando pelas florestas juntos. A esse amor homosexual não havia entre os gregos nenhum preconceito. A relação de amor entre uma pessoa mais velha e experiente (no caso um deus) com uma pessoa mais jovem, era algo comum, e esse amor denominamos pederastia. Vale ressaltar que a pederastia era apenas o amor do homem mais experiente com um jovem ao qual era tutor, a reciprocidade desse amor pelo jovem era vista com maus olhos pelos gregos.

Voltando a historia de Jacinto, Apolo o amava e os dois desfrutavam juntos os seus dias. Em uma ocasião o deus do sol mostrava suas habilidades físicas praticando o arremesso de disco, um esporte comum e popular na Grécia. Jacinto ficara admirado com as habilidades de seu amado e vendo o disco se elevar alto nos céus correu para pega-lo quando caísse. Para a infelicidade de Jacinto o disco bateu no chão e ricocheteou acertando-o na cabeça provocando um grave ferimento. Apolo apesar de seu o deus da medicina nada pode fazer pelo rapaz que acabou morrendo, pois esse era o desejo das moiras (deusas tríplice do destino) e ate mesmo um deus deve se submeter a elas.


Apolo ficou desconsolado, e, para honrar a memoria de seu amado fez que do sangue de Jacinto nascesse uma flor e esta também se denominava Jacinto.

Neste mito podemos ver muitos dos traços comum na mitologia grego-romana. O final tragico de Jacinto é algo bastante normal, apenas mais um entre muitos casos. Podemos citar os mais famosos o amor de Artemis por Adonis, Sansão e Dalila, Zeus e Semele. Todos com finais tristes.

Outro ponto importante é a transmutação de Jacinto em flor. Tal fato se repete com Narciso e também com já citado Adonis. Muitos outros personagens da mitologia grega se tornam avores.

Os mitos de transmutação servem para explicar a origens dessas flores, o mesmo ocorre com os mitos das transformações em animais servindo para explicar a origens desses seres, como é o caso da historia de Aracne (ver postagem).

Apesar da tragédia Apolo encontrara muitos outros amores, afinal é um deus, mas a marca de seu amor por Jacinto permanecera através dos séculos perpetuada pela flor com seu nome.

(flor de Jacinto)

domingo, 9 de março de 2014

Deuses "exclusivamente" romanos

Muito se fala da mitologia grego/romana e com essa nominação mais simplista, muitas pessoas pensam que a mitologia grega e a romana são a mesma coisa. As semelhanças existem, claro, muitos dos deuses gregos apenas foram rebatizados ganhando moldes romanos, recebendo novas atribuições, mas, o que muitos não sabem é que quando Roma conquistou a Grécia (e foi conquistada por essa culturalmente) incorporou deuses novos a já rica mitologia grega.

Vamos nos ater a falar dessas divindades que foram criadas pelos romanos e não existiam na antiguidade grega. O deus Jano é um destes, este deus possui duas cabeças, uma voltada para trás (representando o passado) e outra para frente (representando o futuro). Este estranho deus representa a mudança e exatamente por isso o mês de Janeiro que inicia o ano novo deriva de seu nome.

Outro deus Roamno é Terminus, este deus é o deus das fronteiras e era comum que estátuas suas fossem colocadas nas fronteiras. Embora não sejam deuses, os lares são invenções romanas. Estes seres são familiares que protegem as casas, espíritos de ancestrais que protegem seus descendentes. Fazendo uma analogia os lares são como versões benevolas dos poltergeists,

Por ultimo a deusa Belona, divindade da guerra. Seu nome deriva do latim bellum (guerra) em algumas versões Belona é irmã do deus da guerra Marte (o Ares grego) em outras versões é sua consorte. No exterior dos templos dedicadas a essa deusa haviam colunas aos quais eram conhecidas como "colunas da guerra".